Cannabis Repórter
São Paulo, 10.09.2023 
Atualizado às 15h33, Da redação

O Festival Híbrido, realizado nos dias 06, 07, 08 de outubro no Komplexo Tempo, em São Paulo, foi um evento que reuniu empresas, jovens empreendedores, diversos profissionais, pesquisadores e entusiastas da cannabis. O evento contou com uma programação que incluiu shows e palestras.
Imagem © Felipe Arcas | Divulgação, Festival Hibrido
Conexão cannabis: explorando o futuro da indústria
O público final encontrou no Festival Híbrido a oportunidade de se conectar com marcas, ideias e valores que representam a cultura da cannabis. O setor parece tímido, algumas frentes ainda não têm concorrentes, ou poucos concorrentes, no entanto, com um olhar mais atento é possível notar que o movimento progressivo, e a resiliência dos agentes que estão movimentando a indústria interna, e que estão trabalhando duro para escalar esse mercado, “é um claro sinal de que não tem mais volta”, comentou João Lordello, sócio da CoolTerps.
Imagem © Felipe Arcas | Divulgação, Festival Hibrido
Imagem © Felipe Arcas | Divulgação, Festival Hibrido
Imagem © Felipe Arcas | Divulgação, Festival Hibrido
Imagem © Felipe Arcas | Divulgação, Festival Hibrido
Imagem © Felipe Arcas | Divulgação, Festival Hibrido
Alguns destaques: o cânhamo agora é moda?
É moda. É bem estar. É sustentabilidade. É revolução. A moda do cânhamo na indústria têxtil está experimentando um renascimento notável nos últimos anos, impulsionado por um crescente interesse na sustentabilidade e nas fibras naturais. O cânhamo, uma planta versátil e resistente, tem sido usado na produção de roupas há milênios, mas sua popularidade diminuiu com o surgimento de materiais sintéticos.
Roupa íntima à base de cânhamo
Uma iniciativa disruptiva fundada por Poli Rodrigues, CEO da FloYou, nesse “movimento sem volta”, culminou no desenvolvimento de uma calcinha toda trabalhada no cânhamo, biodegradável, hipoalergênica, com proposta lixo zero, baseada em tecnologia hemp, pretende revolucionar o relacionamento das mulheres com seu ciclo menstrual.  A proposta da FloYou, de acordo com a fundadora da marca “é realmente entregar dois ativos muito importantes que é a segurança, em relação ao absorvente descartável, junto do conforto, que é o que elas não têm... ”. 

Poli Rodrigues, CEO da FloYou

Sustentabilidade e estilo, escolha eco-friendly e duradoura
À medida que a consciência ambiental aumenta e as preocupações com a pegada de carbono na moda se intensificam, o cânhamo emergiu como uma escolha eco-friendly. Suas fibras fortes e duráveis ​​podem ser transformadas em tecidos leves e confortáveis, além de serem biodegradáveis. A moda do cânhamo não é apenas uma tendência passageira; é um movimento que representa uma abordagem mais sustentável e ética para a indústria da moda.

Juliana Bastos, ao centro, fundadora da MANUI Brasil

Fibras ecológicas e tingimentos naturais
Outra iniciativa incrível, liderada por uma mulher, a MANUI Brasil, que já está em sua 7a. coleção, foi idealizada pela estilista Juliana Bastos, que iniciou seus estudos com foco nos tingimentos naturais e  fibras naturais, ela nos conta que “o tingimento natural se adequa as fibras naturais”. Juliana encontrou no cânhamo um forte aliado,“a cultura de cânhamo com todas as suas propriedades dialoga diretamente com o conceito da nossa marca”, disse Juliana.
Nem só de brisa vive a cena que fomenta a indústria da cannabis no Brasil
As empresas expositoras apresentaram uma variedade de produtos e serviços, desde cosméticos à alimentos. Os shows e palestras abordaram temas como os benefícios da cannabis para a saúde e a regulamentação da planta no Brasil, neste sentido o Festival Híbrido foi um evento importante que tem muito a contribuir com o desenvolvimento da cultura da cannabis no Brasil.

Gabiru, CMO da reefer e seus sócios, Danilo e Junior 

Rompendo barreiras na educação do autocultivo
O setor da educação voltado para o autocultivo, é outro negócio emergente que promete escalar e surge com ótimos propósitos, o de ser uma comunidade de estudos canábicos para fortalecer a cultura e o conhecimento sobre a planta, de modo que a percepção de Gabiru, CMO da reefer, ao criar a plataforma de educação, é de que existe um “oceano azul” a ser explorado, e junto dos sócios, Gabiru comenta que “o negócio é trabalhar para ampliar a comunidade, estourar a bolha e crescer...quanto mais gente melhor!”, e lembrou, “a criminalização ainda impõe limitação de espaço ao desenvolvimento da indústria da cannabis, no Brasil”.
Perspectivas futuras
O crescimento da cultura da cannabis no Brasil é uma tendência que deve se manter nos próximos anos. A regulamentação da planta, que está em discussão na esfera legislativa com discussões calorosas, é um fator que deve impulsionar o crescimento do setor. O Festival Híbrido mostrou que o público brasileiro está interessado na cultura da cannabis como um todo.

Imagem © Felipe Arcas | Divulgação, Festival Hibrido

Promovendo a  cultura e a ciência da cannabis: a importância do Festival Híbrido e do setor para o Brasil
A diversidade de público demonstra que a cannabis é uma planta amada e querida e deve ser acessível para todos, e portanto, a defesa da planta se faz necessária para elevar a voz e a cultura da cannabis no Brasil, e contribuirá com o surgimento de novos negócios, produtos e serviços. O setor deve gerar empregos e contribuir para o crescimento econômico do país. Eventos brasileiros voltados a este segmento, como o Festival Híbrido são essenciais para o ecossistema, em especial para viabilizar a cultura e a ciência da cannabis.
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Produção: INFO HEMP TEAM
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Cannabis Advocacy, Defesa da Cannabis, Defesa da Maconha, Indústria do Cânhamo, Economia Verde, Economia Criativa, Cannabis no Brasil, Cannabis, Info Hemp, Festival Híbrido
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